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A importância do colar elizabetano na oftalmologia veterinária

29 de outubro de 2019

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Você tem dó de deixar o colar? Nós também … mas sabe o que é ainda pior? Ver que um animalzinho ficou cego pela falta do uso do colar…Lógico que não indicamos o uso se ele não for extremamente necessário para a recuperação.

“Mas meu cachorro não coça! Ele é um santo!”

E você? Coça o olho quando um cisco cai? Incomoda?

Então, com o seu cachorro não será diferente, ao primeiro sinal de desconforto ele irá se esfregar, pois sim, eles não coçam só com as patas, eles esfregam o rostinho no sofá, tapete, caminha, como se estivessem se limpando e isso pode piorar muito a lesão.

Temos que encarar o colar como sendo um gesso em um braço quebrado. Se seu filho quebrar o braço, mesmo que não dê para tomar banho direito, que incomode, dê calor, coce, o gesso permanece lá, não é mesmo? O mesmo deve acontecer com o colar, ele será incômodo para o paciente, principalmente nos dois primeiros dias, mas a grande maioria dos animais se adapta rapidamente.

O importante é que o tutor esteja consciente da importância da sua utilização e não retire em momento algum (nem “só” para comer). O animal vai se adaptar e aprender como se alimentar, beber água e dormir normalmente.

E só vale usar os de plástico ou polipropileno em forma de cone, pois eles não dobram. Normalmente são brancos ou transparentes, podendo possuir borracha nas extremidades e tiras para passar a coleira.

Colares de tecido não impedem que o animal esfregue os olhos, não devendo ser utilizado em animais com problemas oftálmicos.

Colares cervicais (apenas no pescoço) de tecido ou de borracha, também não impedem que o animal esfregue os olhos nas paredes ou objetos, não sendo úteis na oftalmologia.

O tamanho do colar também é muito importante! O ideal é que não fique apertado no pescoço e com três dedos a frente do focinho. Se está enxergando a cabeça pela lateral do colar, ele está curto!

Colares curtos, também não são efetivos, pois o animal pode esfregar os olhos na parede ou em outro local.

Algumas recomendações

Se o tratamento for longo e o animal ficar vários dias com o colar elizabetano alguns problemas podem acontecer:

Deve ser feita a inspeção diária do pescoço, pois animais que salivam bastante podem ter dermatites pela umidade, isso pode ser evitado com higiene após o animal se alimentar ou beber água.

Podem ocorrer otites (infecções de ouvido), pois o colar deixa as orelhas menos ventiladas. Isso pode ser evitado com inspeção diária e limpeza dos condutos, não use medicamentos por conta própria para tratar os ouvidos caso note alguma inflamação, sempre procure orientação do seu médico veterinário.

Mesmo seguindo todas as instruções ainda temos alguns espertinhos que aprendem a coçar os olhos deitando-se ou esfregando a cabeça no próprio colar, ou colocam objetos (panos, brinquedos, quinas de móveis) dentro do colar para tentar alcançar os olhos!

Neste caso é preciso ver com o oftalmologista se não tem nada que esteja causando mais desconforto ou dor, ele vai lhe orientar e lhe indicar o melhor a ser feito em cada caso.

De toda forma, não tem preço quando vemos que salvamos um olhinho mesmo após tanto trabalho e dedicação neste período de cuidado em um tratamento tão delicado!

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sala 315, Condomínio L’office,
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